sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Tese do Coelho

Era um dia lindo e ensolarado o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado.



Pouco depois passou por ali a raposa, e, viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar.


No entanto, ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa:


- Coelhinho, o que você está fazendo aí, tão concentrado?


- Estou redigindo a minha tese de doutorado – disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.


- Hummmm… e qual é o tema da sua tese?


- Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.




A raposa ficou indignada:


- Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!


- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.


- O coelho e a raposa entram na toca.




Poucos instantes depois ouve-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio.




Em seguida, o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos de sua tese, como se nada tivesse acontecido.




Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido.




No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda.




O lobo resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:




- Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente?


- Minha tese de doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.




O lobo não se conteve e farfalha de risos com a petulância do coelho.



- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isso é um despropósito; nós os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos.


- Aliás, chega de conversa…


- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me à minha toca?




O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte.



Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouve-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e … silêncio.




Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redação da sua tese, como se nada tivesse acontecido.



Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensangüentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos.




Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.




MORAL DA HISTÓRIA:


1. Não importa quão absurdo é o tema de sua tese;


2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;


3. Não importa se as suas experiências nunca cheguem a provar sua teoria;


4. Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos.


5. O que importa é QUEM É O SEU PADRINHO…

                                                                     
 
                                                                             

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